Harriet Brooks: a primeira mulher física nuclear do Canadá
O nome Harriet Brooks me lembra alguma coisa?
Harriet Brooks foi a física nuclear pioneira no Canadá. Nascido em 1º de janeiro de 1876, em Ontário, Brooks é frequentemente considerado atrás apenas de Marie Curie, a renomada física polonesa e duas vezes ganhadora do Prêmio Nobel.

Harriet Brooks, a primeira mulher física nuclear do Canadá.
Conquistas pioneiras
Brooks foi a primeira mulher canadense a obter um mestrado em Eletromagnetismo pela Universidade McGill – uma conquista inovadora que abriu caminho para que mais mulheres obtivessem diplomas avançados. Ela também foi a primeira mulher a trabalhar no novo campo da física nuclear. Durante sua carreira subsequente, Brooks trabalhou ao lado de Ernest Rutherford, JJ Thomson e Marie Curie – todos ganhadores do Nobel – enquanto mergulhava na ciência da eletricidade e do magnetismo. Sua pesquisa contribuiu significativamente para o Prêmio Nobel de Rutherford.
Fundamentos da Radioatividade
Brooks liderou uma equipe que lançou as bases para a compreensão da radioatividade e da estrutura do átomo, incluindo o conceito de meia-vida da substância – um tópico agora ensinado na química do ensino médio. Brooks e a sua equipa foram fundamentais na descoberta do rádon e da sua decadência em polónio, tornando-a uma das primeiras a perceber que um elemento pode transformar-se noutro – uma descoberta monumental no mundo da radioactividade. Apesar do seu papel fundamental na descoberta do recuo radioactivo, ela não recebeu o reconhecimento que merecia durante a sua vida.
Desafios como mulher na ciência
Como mulher no início do século 20, Brooks enfrentou um estigma social significativo, especialmente no campo da física dominado pelos homens. Enquanto trabalhava no Barnard College, faculdade feminina da Universidade de Columbia, ela ficou noiva e estava prestes a se casar. O reitor da faculdade disse que Brooks deveria renunciar assim que se casasse. Em vez disso, Brooks rompeu o noivado.
Brooks acabou deixando a faculdade, mas não antes de compartilhar seus pensamentos sobre o assunto: “Acho que é um dever que devo à minha profissão e ao meu sexo mostrar que uma mulher tem direito ao exercício de sua profissão e não pode ser condenada abandoná-lo apenas porque ela se casa”, escreveu ela. “Não consigo conceber como as faculdades para mulheres, que convidam e incentivam as mulheres a ingressar em profissões, possam ser fundadas ou mantidas com justiça, negando tal princípio.”
Depois de deixar o Barnard College, Brooks continuou a trabalhar por um tempo antes de decidir se casar. Ela viveu o resto de sua vida em Montreal, onde faleceu aos 56 anos.
Legado e impacto
A carreira de Brooks durou apenas sete anos, mas suas contribuições para a física nuclear continuam a ressoar até hoje. Ela declarou a famosa frase: “A mulher tem direito ao exercício da sua profissão e não pode ser condenada a abandoná-la apenas porque se casa”, deixando um legado duradouro para as mulheres na ciência.
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